A composição a seguir foi redigida por Martin Hellmann, 16 anos, estudante do Programa de Composição Clássica Ano II.
“O lápis, com sua ponta de grafite, deu à luz grandiosos textos, luxuosos no vocabulário, nas figuras de linguagem… Tudo graças ao Programa de Composição Clássica, a chalupa que o trasladou ao mundo da escrevedura, o mestre que tudo ensinou ao seu aprendiz, apresentando-lhe os grandes escritores da Língua Portuguesa, como Machado de Assis, Camilo Castelo Branco, Lima Barreto, Padre Antônio Vieira, e outros gigantes. Foi estudando os textos desses mestres que o lápis tornou-se magnânimo como eles.
Em sua jornada, o herói admirou-se com as palavras usadas pelos escritores em suas obras. “Palavras difíceis”, assim pensava, mas mal podia imaginar que, em apenas uma daquelas palavras, achavam-se incomensuráveis significados diferentes. Foi necessário mergulhar no dicionário e observar minuciosamente a definição de cada vocábulo, sem deixar escapar o mais mínimo detalhe, até que se fechasse no sentido que deveria ser empregado na frase.
Aos poucos, a escrita do lápis foi acepilhando-se. Foram pequenas, como as de uma criança, as marchas dadas, até se tornarem maduras como as de Olavo Bilac. Foi uma jornada epopeica da qual muito conhecimento absorveu, e hoje já pode ser chamado escritor.”