Quando uma mãe recebe um diagnóstico de “problema de aprendizagem” em um de nossos filhos, sentimo-nos compreensivelmente angustiadas. O primeiro fato que precisamos compreender é que “Educação” é, essencialmente, um processo de expansão gradual e contínua de habilidades.
Ao assumir a Educação de nossos filhos, tenham ou não uma “dificuldade de aprendizagem”, o que devemos fazer é, partindo desse princípio, começar pelo que a criança já sabe fazer e acrescentar pequenas dificuldades a cada nova aula, seguindo o ritmo mais adequado ao estudante. Não devemos nos apressar, nem ficar com medo de avançar.
A atitude básica é não se render ao diagnóstico: “Ah! Eu sou assim e nunca vou melhorar!” Sempre é possível aprender mais um pouco, melhorar alguma habilidade, ainda que em pequena medida. É a continuidade do esforço disciplinado que leva ao progresso.
Um aspecto importante é concentrar o maior esforço nas coisas que a criança faz melhor de modo que ela tenha a oportunidade de atingir um nível de excelência nesses campos sem abandonar por completo as coisas mais difíceis.
A memorização é um fator fundamental no processo de aprendizagem. Algumas crianças tendem apenas a memorizar o que lhes interessa. É preciso compreender que essa é uma característica humana básica. Você, eu e todo mundo tendemos a memorizar facilmente apenas o que nos interessa muito, as coisas de que gostamos pessoalmente. A maior dificuldade que todos enfrentamos na vida de estudos é, justamente, aprender as coisas que precisamos saber, mesmo sem gostar de estudá-las. O que faz a diferença é a “educação da vontade”: fazer o que é preciso, não só o de que gostamos. Este é o exemplo que devemos dar a nossos filhos; eis o principal ensinamento.
Finalmente, lembre-se: cada um deve encontrar a vontade dentro de si mesmo. Você, mãe educadora, não deve ver a si mesma como uma “vendedora” que precisa se esforçar para despertar toda a vontade interior da criança. A criança precisa ser capaz de encontrar a própria vontade de saber! Por isso, sempre digo aos educadores que eles não devem fazer mais do que 50% do esforço. O estudante precisa encontrar e desenvolver no próprio coração a disposição para fazer tudo o que precisa para o seu próprio progresso, mesmo que não goste desta ou daquela disciplina.
Seguindo esses princípios, movida pelo grande amor de mãe, você certamente verá, satisfeita, o seu filho progredir no estudos.