Os textos “A mesa de estudos” e “A mesa” são os resultados de um exercício proposto no Programa de Composição Clássica Ano II, o qual sugere que o estudante descreva em detalhes sua mesa de estudos no momento em que redige o seu próprio texto. As redações a seguir foram realizadas em momentos e dias diferentes. A imagem abaixo tem finalidade apenas ilustrativa, não correspondendo à descrição realizada pelos estudantes. (Géssica Hellmann)
A mesa de estudos
Ao lado de pinturas sacras encontram-se a borracha alimpadora dos erros da humanidade, e o semicírculo basilar de toda a Matemática. Na aresta superior direita apresenta-se o formidável lápis, pai da caneta e da escrita, princípio de todas as obras escritas.
Encontram-se na aresta inferior direita resmas de folhas, o papel com sua função de manter o registro do conhecimento; sem sua presença ainda viveríamos na Idade da Pedra, não existiriam edifícios, ferrovias e monumentos.
Michael Hellmann, 11 anos.
A mesa
Encontra-se no vazio da minha mesa uma miríade de objetos, em extremo caos.
Sobre o tampo há uma minúscula catástrofe: três alfarrábios bem escritos por grandes autores; um bloco de folhas pautadas incólumes forjadas para os que desejam nelas expressar seus pensamentos. Habita na mesa, desde ontem, um instrumento feito para mensurar ângulos composto por uma escala circular. Ao meu lado destro, uma montanha de utensílios: logo sobre a base, um programa clássico destinado ao ensinamento de Gramática e Cultura; acima dele, um volume de leitura da coleção Larousse Cultural, traduzido e publicado pela editora Abril, feito para guiar-nos a definição das palavras; sobre o volume, uma folha de papel alva e retangular e, no cume uma caixa cerúlea contendo os manuscritos já estudados. Ao meu lado canhoto e ao destro do transferidor, borrachas escurecidas pela sujeira e um anilado afiador de lápis.
A mesa se encontra em grande caos! Haja quem a arrume.
Martin Hellmann, 14 anos.