As feras da cidade

Entre os gritos da liberdade
E dos tiranos os sussurros
De mil tochas as chamas ardem
No peito dos homens maduros.

Na política da cidade
Entregue às garras dos impuros
Morrem 2 mil a cada tarde
E as feras rosnam, rugem, urram!

 

 

Do que seria o paraíso
Transmutado num cataclismo,
Não há fuga, consolo ou bálsamo:

Caprichosos e sem juízo
As portas abrem ante o abismo,
Armando-nos o cadafalso.

Poemas