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Dante

A Oliveira floresce e frutifica
Ao raiar de dois mil e vinte e dois:
Deus em Karol e Alexandre pôs
Amor menino que ninguém explica!

Rosáceo no seio da mãe, estica
Os lábios, suga o leite, ao som da voz
Do primeiro amor; faz de todos nós –
Pai, mãe, tios – servos da fome aflita!

Nas noites claras do bento casal
Co’o cristalino choro diurnal
Nada mais será como era antes!

Pois a vida se redefine, tal
A luz que um filho traz, de Deus sinal:
Seja bem-vindo e bem-amado, Dante!

Raphael

“Alhú, Alhú”! – o arcanjinho lamenta
A mãe a luz apaga.
“Áua, áua” – o arcanjinho sedento
O pai dá-lhe a água.

“Caiú, caiú” – o arcanjinho derrama
A mãe pega e ralha.
“Acaá, Acaá” – o ancanjinho conclama
Mano Martin não falha.

“Acaé, Acaé” – o arcanjinho convoca
Michael não se cala.
“Brrrum-brrrum” – o arcanjinho desloca
O carrão pela sala.

“Papai, papai” – o arcanjinho reluz
Papai embala sua dor.
“Mamãe, mamãe” – o arcanjinho seduz
Colhe e entrega-lhe a flor.

“Bambãe, Bambãe” – o arcanjinho sorri
E corre para o banho.
“Mimi, mimi” – o arcanjinho sem manha
Vai para a cama dormir.

Poemas