Dream Land (Christina Rossetti) |
Terra Onírica (Trad. Alexei Gonçalves de Oliveira) |
Where sunless rivers weep Their waves into the deep, She sleeps a charmed sleep: Awake her not. Led by a single star, She came from very far To seek where shadows are Her pleasant lot. |
Lá onde choram os rios obscuros Ondulantes profundos e puros Ela dorme um sono conjuro: Não a desperteis! Por solitária estrela-guia Que ao longe ela via Em busca das sombras, ia Ao lote dos reis! |
She left the rosy morn, She left the fields of corn, For twilight cold and lorn And water springs. Through sleep, as through a veil, She sees the sky look pale, And hears the nightingale That sadly sings. |
Deixou a rósea aurora, Deixou dos campos a flora, Pelo arrebol foi embora Rumo às águas correntes. Fura o sono como um véu, Mirando o pálido céu, Ouvindo o canto de mel Do rouxinol penitente. |
Rest, rest, a perfect rest Shed over brow and breast; Her face is toward the west, The purple land. She cannot see the grain Ripening on hill and plain; She cannot feel the rain Upon her hand. |
Pousa e um repouso perfeito Derrama-se da testa ao peito; Ao oeste, o rosto satisfeito Na terra roxa. Não pode ver o grão Maduro sobre o chão; Nem mesmo em sua mão Que a chuva afrouxa. |
Rest, rest, for evermore Upon a mossy shore; Rest, rest at the heart’s core Till time shall cease: Sleep that no pain shall wake; Night that no morn shall break Till joy shall overtake Her perfect peace. |
Pousa e repousa, eterno desmaio Sobre o limo da praia; Pousa e repousa no cór junto à raia Até que o tempo cesse: Um sono sem dor que o desperte; Noite sem choro que a aperte Até que o gozo em seu corpo inerte A paz perfeita floresce. |
maio 23