Abrolhando de sementes viperinas,
Juventude em flor amara desabrocha:
Franzindo o cenho, intumescendo as narinas,
O que não destróis, sucumbe a teu deboche.
Entoas sério como solene jura
A radicalidade dos áureos tempos!
Render-se aos fatos, retruques ou censuras?
Nunca! Pois julgas domar moral e senso
Sob relho de mundana ideologia,
Castrando as massas, substituindo o povo
Pelos mais profanos absurdos critérios:
Genocidas recebem teus elogios,
Pervertidos exaltas sem dó ou nojo,
Só aos santos diriges teus vitupérios!