Neste terceiro capítulo, os autores argumentam a escolha entre terceirizar a educação formal de nossos filhos colocando-os em salas de aulas com professores, tutores particulares ou se devemos como cristãos assumir nós mesmos a tarefa de educá-los?
Acredito que poderíamos sintetizar em uma pequena frase: o ensino personalizado e individualizado é sempre superior ao coletivo.
Na sala de aula, estruturalmente, não é possível ter um ensino personalizado e individualizado. Cada criança possui uma forma diferente de aprender, um ritmo próprio e quando aprendemos a respeitar esse ritmo os resultados colhidos são efetivamente superiores.
Um dos maiores perigos, principalmente para a família cristã, é a ocupação em nossas instituições de ensino por educadores socialistas. Alguns danos causados por esses propagandistas e militantes da ideologia socialista:
(1) Apropriação do vocabulário: Este é o maior dos perigos pois passa despercebido pela maioria das pessoas, até mesmo as que se posicionam contra os ideais socialistas.
“Um problema insidioso que há muito tempo tenho percebido até mesmo entre famílias cristãs conscientes na importância de arregaçar as mangas e tomar a frente da educação de seus filhos, é a impregnação inconsciente do vocabulário marxista (comunista), uma estratégia criada, segundo consta, por Antônio Gramsci e profundamente implantada em todas as instituições brasileiras, principalmente no âmbito cultural e educacional: a chamada Revolução Cultural. […] Há muitas décadas, o objetivo do sistema educacional não é mais ensinar os novos professores a “educar e instruir” ou “prover conhecimento e verdade” a nossos filhos. A prioridade é “socializá-los”, torná-los “cidadãos ‘conscientes’, isto é, escravos do vocabulário “politicamente correto”.” – Géssica Hellmann
Há décadas os filósofos socialistas têm imposto o seu vocabulário a sociedade ocidental e nós, passivamente aceitamos. É possível ler mais sobre este tema aqui.
(2) Valorização da ideologia socialista: A cada ano percebemos o aumento de conteúdos ideologicamente introduzidos afim de cumprir a meta da agenda socialista mundial. A consequência é o enfraquecimento dos valores cristãos, o rompimento dos laços afetivos da criança com a família, a ênfase no relativismo moral, a formação de idiotas úteis para o Ideal Socialista.
Esse modelo de educação socialista criou uma geração de adultos infantilizados, com reações histéricas que não sabem mais qual é o seu papel perante a educação dos próprios filhos. A função dos pais é decidir pelos filhos o que é melhor para eles, até que estes atinjam o amadurecimento necessário para tomar suas próprias decisões. O que mais vejo hoje são adultos se rebaixando a estatura da criança para “negociar” com elas as decisões a serem tomadas. Transformando os próprios filhos em pequenos ditadores.
Os autores lembram também que a cada nova geração tem se degradado valores como respeito a autoridade, disciplina, cortesia, etiqueta, consideração com o próximo, … até o ponto em que a sociedade Americana chegou a um nível de um “colapso de valores morais“, tudo isto facilitado pela difusão do “politicamente correto”.
Acredito que no Brasil, infelizmente, já passamos desse ponto faz várias décadas. É só analisar o que se passa nos programas de TV, nos noticiários de jornais, na maneira como as pessoas se vestem e se comportam em público. Consequentemente destruiu-se a cultura, as artes, a música, a literatura. Hoje a chamada alta cultura no Brasil é inexistente.
Mais uma vez reafirmo que esta geração de crianças educadas em casa, principalmente as que seguirem o modelo clássico cristão, serão as únicas capazes de restaurar a alta cultura em nosso país. Rezamos a Deus para que consigamos cumprir nossa missão como pais, educando nossos filhos e oferecendo-lhes ferramentas para crescer em sabedoria e amor em seus corações.
Índice de artigos desta série:
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