Montanha

Dos ventos e dos tempos às vicissitudes
Ela dedica indiferença sobranceira…
Assurgente vértice vivo da fronteira
Donde descaem alvos fumos nos taludes…

Escalo as encostas frias e amiúde
Falseiam-me os pés, rolo pelas ribanceiras:
Arrastado por avalanches financeiras,
Inda assim não faço de mim um Robin Hood.

Se do sucesso a prata não é atestado
É nas escolhas que se demonstra honrado
O homem que se desprende do alfeizar

E em queda livre sucumbe aos pés do Estado
E nas planícies plana aos ventos de tornados
E das depressões decola, e aprende a voar!

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