Desde 2013, quando meu esposo e eu assumimos a educação formal de nossos filhos, propus-me a completar as lacunas de minha própria formação intelectual. Na proporção em que me aprofundava no estudo das diferentes filosofias de educação, e principalmente, nos princípios filosóficos da Educação Clássica, percebi a imensidão dessas lacunas. O pensamento que constantemente ecoava em meu cérebro era: “Quanto tempo perdido em salas de aulas, tanto na educação básica quanto universitária, acreditando que o que eu fazia lá era adquirir conhecimento!” Sempre fui uma aluna esforçada, com boas notas, lia tudo que me caía nas mãos, principalmente aqueles títulos que mais pareciam se destacar nas bibliotecas de nossas instituições escolares.
Os estudos dos princípios filosóficos da Educação Clássica fundamentada nas Artes Liberais resultou na publicação do meu primeiro livro ,”Vias Clássicas: Introdução à Prática da Educação Clássica Cristã em seu lar“, em que explico seus princípios filosóficos e teológicos, e sua aplicação prática a uma rotina familiar de estudos.
Atualmente, dedico-me a analisar os aspectos sublimes da cultura medieval em comparação com os ideais propagados a partir do período moderno, porque é indispensável entender como se iniciou essa degradação de valores. Urge compreender todo o processo: a ideologia, os agentes, os meios e os fins.
O primeiro passo nessa direção é compreender exatamente o que o espírito modernista desejava destruir. Por que, em seu apogeu, a educação medieval era tão sublime e transcendente? Para responder a esta última questão, indicarei uma série de livros e autores em diversas publicações neste blog. 
O primeiro título que apresentarei a meus leitores é a obra “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental“, em que o autor, Thomas Woods, expõe em linguagem clara e objetiva a importância das artes liberais na conversão dos bárbaros ao Cristianismo. O autor relata como os mosteiros medievais foram os grandes guardiões e preservadores da cultura da Antiguidade e como os monges foram brilhantes cientistas, desenvolvendo tecnologias que permitiram a prosperidade da civilização ocidental. O livro esclarece, entre outros temas fundamentais:
- Como a Igreja Católica criou diversas instituições indispensáveis ao progresso da sociedade: escolas, universidades, hospitais;
- Como a Idade Média nos deu arquitetura e artes plásticas de beleza incomparável;
- Como o desenvolvimento da Ciência moderna só foi possível graças a toda a técnica e filosofia científica primeiramente promovida nos mosteiros da Idade Média.
Em resumo, o autor desmistifica a ideia amplamente disseminada de que a Idade Média teria sido um período de “trevas”; ao contrário, comprova-se com inúmeras evidências que foi um período luminoso e de cultura transcendente.
Este é um livro que, indubitavelmente, deve ser estudado por todos aqueles que se interessam em conhecer os valores e os frutos do que foi produzido na Idade Média. É também uma excelente obra para abrir o leque de autores a incluir em seu “Mapa da Ignorância”.
O livro está disponível na Amazon: “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental“.
