Andrômeda à rocha acorrentada
Esgazeia e grita, sente o bafo
De Poseidon; o monstro a farrapos
Reduz-lhe a vontade enquanto nada.
Estrondeantes os pés do monstro
Já os sentes cavalgando as pedras:
Ó, Andrômeda, por que te perdes
Nos pensamentos que mais te assombram?
Andrômeda, não há mais Perseu,
Que empunhe da Górgona a fronte,
Que de tua sina seque a fonte;
Não há correntes, nem a Caronte,
Pagarás o óbolo, se a ponte
Para o Céu implorares a Deus.